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Se for feita uma comparação entre as diferentes mídias aqui apresentadas você notará que elas possuem o mesmo conteúdo.
Isso é proposital.
Queremos que o material esteja disponível ao maior número de pessoas possível e, para isso, apresentamos em variadas formas as informações sobre as borboletas. seja na forma de ebooks no slideshare ou no issuu, seja na forma de vídeo, seja na forma de CD interativo.
Isso porque nem todos os professores e escolas possuem acesso à internet com a qualidade desejada.
Assim, um professor que queira utilizar os livros pode baixá-los a partir do Slideshare e gravar em um pendrive.
Ou ele pode usar os livros na forma de vídeo, caso a velocidade de acesso à internet seja boa.
Ou a escola não possui acesso e o professor resolve usar o material offline.
Assim sendo, os materiais aparentemente repetidos foram pensados de forma a atender as mais diferentes demandas.
À medida que formos descobrindo novas formas de distribuir esse material, acrescentaremos ao site.
Gratos pela compreensão!
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BORBOLETAS
Denominamos borboletas, insetos que juntamente com as mariposas, compõem a ordem Lepidóptera (do grego: lepidos = escama e pteron = ala). A ordem é caracterizada por insetos holometábolos (metamorfose completa) com quatro estágios de desenvolvimento distintos: ovo, larva (ou lagarta), pupa (ou crisálida) e adulto. (Créditos da Imagem: Wikimedia Commons)
Compõe a segunda maior ordem da Classe Insecta, perdendo apenas para os coleópteros. Assim como os demais insetos, apresentam corpo dividido em três regiões: cabeça, tórax e abdômen. Devido à diferença de hábitos e características anatômicas apresentadas por borboletas e mariposas, atualmente a ordem encontra-se dividida em duas subordens: Heterocera e Rhopalocera . (NUÑEZ-BUSTOS 2010 & CANALS 2000) (Créditos da Imagem: Wikimedia Commons)
À subordem Heterocera pertencem mariposas de antenas plumosas ou filamentosas. Sua coloração é pouco atrativa (apagadas ou obscuras), geralmente voam durante a noite e quando em repouso, suas asas permanecem estendidas horizontalmente.
Já a subordem Rhopalocera é caracterizada por borboletas com antenas clavadas (extremidades dilatadas), coloração brilhante e atrativa, hábitos de voo diurnos e que quando repouso, dispõem as asas perpendicularmente ao corpo e às antenas. Essa subordem encontra-se representada por seis famílias: Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae e Ridionidae e Nymphalidae. (NUÑEZ-BUSTOS 2010 & CANALS 2000):
Assim como os demais seres vivos da natureza, as borboletas fazem parte de uma rede de relações ecológicas nas comunidades as quais estão inseridas, tanto na fase imatura, quanto na adulta. Algumas delas são: predação, polinização, bioindicação, etc. Por desempenharem múltiplos papéis na natureza, justifica-se seu estudo ainda na educação básica, visto que o tema pode ser abordado de diferentes maneiras em sala de aula, como consta abaixo:i para editar.
Já a subordem Rhopalocera é caracterizada por borboletas com antenas clavadas (extremidades dilatadas), coloração brilhante e atrativa, hábitos de voo diurnos e que quando repouso, dispõem as asas perpendicularmente ao corpo e às antenas. Essa subordem encontra-se representada por seis famílias: Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae e Ridionidae e Nymphalidae. (NUÑEZ-BUSTOS 2010 & CANALS 2000):
- Família Hesperiidae: Donas de voos rápidos e erráticos, é um grupo bastante diverso, com 2.365 espécies descritas para os neotrópicos (LAMAS, 2004). Apresentam corpo robusto, três pares de pernas funcionais e antenas reflexas nas pontas, parecidas com tacos de golfe ou chifres (daí o nome “diabinhas”). Têm coloração, geralmente, inconspícua (com notáveis exceções), e formam um grupo bastante homogêneo em morfologia e hábitos.
- ·Papilionidae: Popularmente conhecidas como “rabo-de-andorinha” devido à presença frequente de um prolongamento posterior da asa na forma de um rabo, são borboletas grandes e coloridas que podem apresentar um prolongamento da asa posterior na forma de um “rabo”, sendo popularmente conhecidas como “rabo-de-andorinha”. Suas larvas possuem osmetério, uma estrutura eversível com formato de V, semelhante a uma língua de cobra e que produz uma substância de defesa com cheiro de manteiga estragada.
- ·Pieridae: Espécies de tamanhos variados, pequenas a grandes, geralmente com coloração amarela ou branca, com notáveis exceções principalmente em espécies miméticas. Algumas são comuns em parques urbanos e locais abertos e podem ser vistas pousadas em flores e areia molhada.
- Lycaenidae: borboletas pequenas com cores vibrantes, geralmente verde ou azul iridescente. Muitas espécies desta família (principalmente da subfamília Theclinae) apresentam manchas mimetizando uma falsa cabeça na asa posterior, que tem a função de desviar a atenção e confundir os predadores. Algumas espécies apresentam associação com formigas, possuindo larvas mirmecófilas.
- Riodinidae: representantes normalmente pequenas e muito coloridas com linhas ou manchas metálicas nas asas. Geralmente, pousam no lado inferior das folhas e voam durante um curto período do dia. As larvas de algumas espécies apresentam associação obrigatória com formigas.
- Nymphalidae: todos os representantes possuem o primeiro par de pernas bastante reduzido e utilizam apenas quatro pernas para caminhar. É uma família rica (mais de 2.400 espécies descritas nos neotrópicos) e muito diversificada quanto ao tamanho, aspecto, comportamento e hábitos alimentares. Existem desde organismos pequenos e de coloração inconspícua, como muitos Satyrinae, até borboletas grandes e coloridas como os Morphinae. Algumas borboletas apresentam hábitos crepusculares e que se alimentam de frutos fermentados, além daquelas que voam nas horas mais quentes do dia e alimentam-se de néctar de flores (UEHARA - PRADO & RIBEIRO, 2012).
Assim como os demais seres vivos da natureza, as borboletas fazem parte de uma rede de relações ecológicas nas comunidades as quais estão inseridas, tanto na fase imatura, quanto na adulta. Algumas delas são: predação, polinização, bioindicação, etc. Por desempenharem múltiplos papéis na natureza, justifica-se seu estudo ainda na educação básica, visto que o tema pode ser abordado de diferentes maneiras em sala de aula, como consta abaixo:i para editar.
Bioindicadores
Qualquer espécie viva exige a presença de um determinado conjunto de fatores bióticos e abióticos considerados ideais à sua sobrevivência. Quando o sistema natural o qual habita sofre interferências de ações antrópicas, esse conjunto é desestruturado e a resposta do organismo pode ser até seu desaparecimento o (Brown, 1991; Meffe & Carrol, 1997). Assim, borboletas podem ter sua estrutura e composição alteradas em resposta a ações antrópicas como: desmatamento, perda de habitat, entre outros impactos, estando entre os primeiros animais a desaparecer quando em presença de condições desfavoráveis (FREITAS, 2010).
O ciclo de vida das borboletas é considerado complexo, embora relativamente curtos, necessitando anualmente da presença de condições ambientais constantes para que ocorra a maturação dos novos ovos. Respondem mais rapidamente a mudanças climáticas quando comparadas à outras espécies com ciclos de vida mais longos. Assim, a presença ou ausência de determinadas espécies de borboletas, indica o estado de saúde do bioma ou ecossistema, fazendo com que ocupem papel de destaque como indicadores biológicos (BROWN 1991, FREITAS ET AL. 2006).qui para editar.
O ciclo de vida das borboletas é considerado complexo, embora relativamente curtos, necessitando anualmente da presença de condições ambientais constantes para que ocorra a maturação dos novos ovos. Respondem mais rapidamente a mudanças climáticas quando comparadas à outras espécies com ciclos de vida mais longos. Assim, a presença ou ausência de determinadas espécies de borboletas, indica o estado de saúde do bioma ou ecossistema, fazendo com que ocupem papel de destaque como indicadores biológicos (BROWN 1991, FREITAS ET AL. 2006).qui para editar.
Polinização
Compreende-se por polinização o processo através do qual as angiospermas (plantas que apresentam flores) se reproduzem. Caracteriza-se pelo transporte de grãos de pólen das anteras de uma flor para o estigma de outra ou para o seu próprio estigma. A transferência de pólen pode se dar através de fatores abióticos (vento ou água) ou através de fatores bióticos abelhas, borboletas, mariposas, vespas, besouros, morcegos, aves, etc) que transportam o pólen de uma flor para outra, possibilitando o surgimento da vasta diversidade de plantas hoje existente na natureza. Essa relação mutualística estabelecida entre plantas e animais (borboletas e angiospermas) é essencial para o sucesso reprodutivo de ambos (PLEBÉIA, 2014).
O processo de polinização realizado pelas borboletas denomina-se psicofilia. Flores psicófilas caracterizam-se por apresentarem coloração vermelha, amarela, azul ou roxa. Sua estrutura floral é direcionada para cima, se mantém abertas durante o dia (antese diurna) e exalam perfume delicado. Geralmente são eretas, de simetria radial e com a borda da corola grande, o que permite o pouso das borboletas. Como entre os recursos alimentares utilizados pelos lepidópteros adultos estão o néctar e o pólen, as borboletas nectatívoras de atividade diurna, guiam-se visualmente até uma dada flor e pousam nela quando se alimentam (CORRÊA, 2001). Durante o processo de alimentação, ao sugar o néctar das flores com a espirotromba, acabam transportando pólen para outras flores e consequentemente polinizando-as e contribuindo para a disseminação da espécie;
O processo de polinização realizado pelas borboletas denomina-se psicofilia. Flores psicófilas caracterizam-se por apresentarem coloração vermelha, amarela, azul ou roxa. Sua estrutura floral é direcionada para cima, se mantém abertas durante o dia (antese diurna) e exalam perfume delicado. Geralmente são eretas, de simetria radial e com a borda da corola grande, o que permite o pouso das borboletas. Como entre os recursos alimentares utilizados pelos lepidópteros adultos estão o néctar e o pólen, as borboletas nectatívoras de atividade diurna, guiam-se visualmente até uma dada flor e pousam nela quando se alimentam (CORRÊA, 2001). Durante o processo de alimentação, ao sugar o néctar das flores com a espirotromba, acabam transportando pólen para outras flores e consequentemente polinizando-as e contribuindo para a disseminação da espécie;
REFERÊNCIAS
Brown Jr., K. S. 1991. Conservation of neotropical environments: Insects as Indicators. Pp. 349-404 in Collins, N. M. & J. A. Thomas (eds.). The conservation of insects and their habitats. Academic Press, London.
BROWN-JR K. S. 1991. Conservation of Neotropical Environments: Insects as Indicators, p. 350 – 404. In: N. M. COLLINS & J. A. THOMAS (Eds.). The conservation of insects and their habitats. London, Academic Press, xviii+450 p.
CANALS, G.R. 2000. Butterflies of Buenos Aires. L.O.L.A., Buenos Aires.
CORREA, Claudine A.; IRGANG, Bruno E.; MOREIRA, Gilson R.P.. Estrutura floral das angiospermas usadas por Heliconius erato phyllis (Lepidoptera, Nymphalidae) no RioGrande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre , n. 90, May 2000. Available from < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-47212001000100008&lng=en&nrm=iso >. access on 15 Oct. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0073-47212001000100008.
FREITAS, A.V.L., LEAL, I.R., UEHARA-PRADO, M. & IANNUZZI, L. 2006. Insetos como indicadores de conservação da paisagem. In: Biologia da conservação: essências. (C.F.D. Rocha, H.G. Bergallo, M. Van Sluys &. M.A.S. Alves, ed.). RiMa Editora, São Carlos, cap.15, p.357-384.
FREITAS, A.V.L.2010. Potential Impacts of the proposed Brasilian Forest act on native butterflies. Biota Neotrop. 10 (4), 53-58. < http://www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt/abstract?article+bn00810042010>.
LAMAS, G. Atlas of Neotropical Lepidoptera. Gainesville: Scientific Publishers, 2004. 1v.
MEFFE, G. K. & C. R. CARROL (eds.). 1997. Principles of conservation biology. Massachussets: Sianuer.
NUÑEZ-BUSTOS, E. 2010. Mariposas de la ciudad de Buenos Aires y alrededores. Buenos Aires, Vázquez Mazzini editores.
PLEBÉIA, Ecologia de abelhas e da Polinização. As Borboletas e Plantas Associadas no Parque Nacional do Vale do Catimbau, Pernambuco. Disponível em: < http://www.ufpe.br/plebeia/borboletas.html>. Acesso em 14 de maio de 2014.
UEHARA-PRADO, Marcio; RIBEIRO, Danilo Bandini. Borboletas em Floresta Atlântica: métodos de amostragem e inventário de espécies na Serra do Itapeti. In: Maria Santina de Castro Morini; Vitor Fernandes Oliveira de Miranda. (Org.). A Serra do Itapety: Aspectos Históricos, Sociais e Naturalísticos. Bauru: Canal 6, p. 167-186, 2012.
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